lundi 13 octobre 2014

EDITORIAIS DO INFORMATIVO COMUNIDADE ABERTA - Paróquia São Judas Tadeu de Americana-SP

Outubro de 2014:

Os cristãos devem se envolver na política? Somente ignorantes diriam que não. O Papa Francisco, em seu encontro com nove mil jovens estudantes no Vaticano, no ano passado, disse que "os cristãos têm essa obrigação". Segundo ele, "devemos implicar-nos na política, porque a política é uma das formas mais elevadas da caridade, visto que tem como finalidade o bem comum".

Agir em proveito próprio ou defender interesses particulares em detrimento do bem comum são atitudes antissociais, portanto, antipolíticas. Isso, sim, deve ser combatido. As pessoas que se pretendem também apolíticas ou neutras, agem como Pilatos, lavam suas mãos, tornando-se cúmplices dos erros que permeiam a vida social. Os que "ficam em cima do muro" ou como diz o Apocalipse 3,16, os "mornos", Deus os "vomita de sua boca".

O Youcat, Catecismo Jovem da Igreja Católica, diz que "os cristãos leigos têm como missão especial empenhar-se na política, na sociedade e na economia com o Espírito do Evangelho, do amor, da verdade e da justiça. Para tal, a Doutrina Social da Igreja oferece-lhes uma clara orientação". Quanto aos padres e bispos, diz o Papa: "Ninguém pode exigir de nós que releguemos a religião à secreta intimidade das pessoas, sem qualquer influência na vida social".

Em consonância com essas orientações, a Paróquia São Judas Tadeu está empenhada na formação e organização de lideranças que atuem em favor do bem comum, com espírito evangelizador, conscientes do mandato de Jesus de serem "sal da terra e luz do mundo", conforme Mateus 5,13-14.

Com essa motivação, estamos celebrando o mês missionário e do padroeiro. As atividades religiosas deste mês estão sendo inspiradas na Exortação Apostólica "A Alegria do Evangelho", do Papa Francisco. Durante cada atividade, estamos refletindo sobre passagens significativas dessa Exortação, a partir das quais revisamos nossas vidas e buscamos luzes para nossas ações.

Que o testemunho apostólico de São Judas Tadeu nos inspire a continuar atuando corajosamente em favor de uma sociedade condizente com os valores do Reino anunciado e inaugurado por Jesus Cristo, com a mesma confiança manifestada por Paulo em sua Carta aos Romanos 8,31: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?"

Pe. Reginaldo Andrietta

Dezembro de 2013:

Findamos o ano fazendo um balanço, identificando desafios e renovando esperanças. Se a humanidade existe há milhões de anos e, hoje, ainda enfrenta problemas gravíssimos, devemos nos perguntar sobre a qualidade de nosso desenvolvimento humano e de nossos projetos de vida. Nosso balanço de fim de ano deve, portanto, ser mais profundo do que supomos. Nossos projetos devem ser mais coerentes do que costumamos imaginar.

Em qual mundo vivemos? Segundo o Censo do IBGE de 2010, o Brasil conta com 85% de seus habitantes morando em áreas urbanas. De acordo com a Organização das Nações Unidas, até 2015, quatro bilhões de pessoas, ou seja, dois terços do mundo viverão em cidades. Crescendo a população urbana, crescem também os problemas sociais.

Aparentemente, o mundo urbano é o espaço da liberdade onde tudo parece possível. A comunitariedade ainda que relativa, antes exercida em contextos pré-urbanos, dá lugar ao individualismo. Nesse espaço liberal-mercantilista vive-se o fascínio do bem estar, particularmente, material. O desejo totalmente liberado propicia contraditoriamente, o desenvolvimento de atitudes antissociais.

Os índices assustadores de violência confirmam a tragédia que nos encontramos. Resta-nos esperança? Sim, esperança. Não a confundamos com expectativa. A expectativa é passiva. A esperança é ativa. Para compreendê-la, comparemos com uma mulher grávida. Todo o seu ser vais se transformando em vista da esperança que carrega. A esperança nos engaja. Ela nos compromete com a novidade que desejamos.

Maria é exemplo de esperança. Ela não foi usada passivamente por Deus para ser mãe de Jesus. Ela acreditou, portanto, buscou e acolheu a ação de Deus. No seu seio materno Deus realizou o sonho de ser gente como nós e deu-nos a possibilidade de nos tornar semelhantes a Ele. Seu Filho experimentou nossa tragédia humana, venceu-a e deu razão à nossa esperança.
Renovemos, pois nossa esperança no Cristo que habita em nós, engajando-nos com Ele na realização de uma coexistência humana realmente fraterna. Que nossos projetos pessoais e sociais correspondam a esse novo tempo que iniciamos e celebramos no Advento e no Natal.

Sejamos desde já e ao longo do Novo Ano plenos do amor de Deus!

Pe. Reginaldo Andrietta

Outubro de 2013:

“A quem eu te enviar, irás” (Jr 1,7) é o lema da Campanha Missionária promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil no mês de outubro deste ano, inspirado no chamado de Deus ao jovem Jeremias. O tema dessa Campanha, “Juventude em Missão”, enfatiza o chamado de Deus dirigido, especialmente, aos jovens.

Jeremias descobriu esse chamado quando era muito jovem. Ele resistiu argumentando que não sabia falar. Como iria profetizar? Muitos jovens de hoje sentem-se também chamados por Deus a realizar uma missão especial. Sem buscarem discernir bem que missão é essa e como realizá-la, também criam resistências. Sonham com um mundo mais justo e fraterno, mas acabam refugiando-se em projetos individualistas.

Essa Campanha Missionária, coincidindo com o Mês de São Judas Tadeu, nos motiva a dar atenção especial à juventude e à formação de novas lideranças muito além do mês de outubro. Por isso, continuaremos realizando encontros com novos membros de nossas comunidades. Necessitamos, é claro, fortalecer os grupos e ações juvenis existentes, e avançar na concretização de novos projetos juvenis. Urge-nos consolidar uma coordenação paroquial e uma equipe de assessoria de juventude.

Que Deus inspire toda a comunidade paroquial a oferecer sua ajuda, incentivando os novos membros da comunidade, dando novas ideias aos que estão engajados em projetos juvenis e colaborando com o desenvolvimento desses projetos. Aos jovens mais engajados resta  um desafio maior: encontrarem-se de maneira regular para construírem um projeto global da juventude paroquial, a ser progressivamente implementado.

Que as Missas de Juventude celebradas todo domingo às 18h30 na Igreja Matriz; que o Dia Nacional da Juventude que reunirá jovens da Diocese de Limeira na cidade de Cosmópolis, em 20 de outubro; que o Passeio Ciclístico Paroquial do dia 27 de outubro;  e que a Assembleia Paroquial da Juventude do dia 8 de dezembro sejam oportunidades para os jovens de nossa paróquia fortalecerem seus laços de amizade, intercambiarem propostas de ação e se engajarem mais conscientemente na missão à qual são chamados.

Que a coragem dada por Deus ao jovem Jeremias suscite-nos atitudes igualmente corajosas!

Pe. Reginaldo Andrietta

Agosto de 2013:

Estive na Jornada Mundial da Juventude no Rio com 180 jovens de Americana e Nova Odessa, durante seis dias. Vivi o que os meios de comunicação mostraram e o que não mostraram. A mídia centrou-se no Papa e nas grandes concentrações. Eu, particularmente, procurei observar a experiência dos jovens, como suas realidades foram tratadas, que luzes lhes foram oferecidas, que ações lhes foram propostas.

Tendo participado de outras três Jornadas e de muitos encontros da Igreja em âmbito internacional, eu já imaginava as mensagens belíssimas dirigidas aos jovens, através de catequeses episcopais, shows e celebrações espetaculares. Confesso que até me surpreendi com muitas palavras contundentes e desafiadoras do próprio Papa. Vale a pena retomá-las, meditá-las e ver suas implicações práticas.

Pergunto-me, no entanto, o que disseram os próprios jovens, além de alguns testemunhos? O que intercambiaram, além das expressões de afeto, bandeiras e lembrancinhas? O que conheceram uns dos outros? Que problemas debateram? Que desafios comuns identificaram? Que ações decidiram implementar juntos para colocar em prática o lema dessa Jornada: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (cf. Mt 28,19)?

Os jovens necessitam sentir a força que emerge de grandes concentrações em torno de ícones do catolicismo, como o Papa. Porém, necessitam reconhecer a força que também pode emergir da partilha de suas experiências de vida, do debate sobre a realidade que os envolve, da interpretação dessa realidade, também partilhada, à luz da Palavra de Deus, e de um programa de ações comuns que, além de impactar suas vidas pessoais, visem transformar estruturas globais da sociedade.

Muitos jovens terminaram a Jornada visualizando a próxima, em Cracóvia, Polônia, em 2016. Até lá, porém, a Jornada do Rio é uma tarefa a ser completada no acompanhamento de outros jovens, especialmente os mais excluídos de participação comunitária e social. Compete-lhes partilhar o que viram, debater o que ouviram, avaliar o que viveram e, sobretudo, colocar em prática o que aprenderam nessa Jornada. Se “Cristo bota fé nos jovens”, como disse o Papa, Ele continuará inspirando-os a ser, verdadeiramente, missionários desde sua própria realidade.

Pe. Reginaldo Andrietta

Junho de 2013:

A sociedade brasileira entrou de cheio no debate sobre a redução da maioridade penal. Os que a defendem alegam que reduziria os crimes cometidos por adolescentes. Em resposta, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil emitiu uma nota no dia 16 de maio passado, dizendo que “criminalizar o adolescente com penalidades no âmbito carcerário seria maquiar a verdadeira causa do problema, desviando a atenção com respostas simplórias”.

Seria simplório, por exemplo, desconsiderar a disseminação da cultura de violência feita através dos meios de comunicação e ignorar informações da própria polícia de que a maioria dos adolescentes que roubam e matam são manipulados por adultos que conhecem a vantagem de utilizá-los. Reduzindo a maioridade penal para 16 anos, certamente os verdadeiros bandidos passariam a utilizar os de 14 e 15 anos. Nesta lógica, no futuro, os de 12 anos seriam criminalizados sem se conseguir reduzir a criminalidade.

Reduzir a maioridade penal não reduziria, necessariamente, a criminalidade, pois não mudaria suas causas, ao contrário, colocaria adolescentes em prisões que são escolas do crime. Não adianta jogar sujeira debaixo do tapete. A violência que envolve adolescentes tem causas, sobretudo sociais. 19,2 milhões de brasileiros não têm escolaridade ou frequentam a escola por menos de um ano. Dos 27,3 milhões de jovens brasileiros entre 18 e 25 anos, 5,3 milhões se encontram fora da escola, sem trabalho ou em trabalhos precários, incitados ao consumismo, sobretudo de supérfluos, sem condições para isso.

O Brasil, com 500 mil presos, tem a quarta maior população carcerária do mundo e tem necessidade de mais 198 mil vagas. Se a redução da maioridade penal for legalmente aprovada, o Estado terá que multiplicar os investimentos em construção e manutenção de cadeias, recursos estes que poderiam ser melhor aplicados em projetos sociais e educacionais que preveniriam e eliminariam muitas causas da violência. Se medidas punitivas solucionassem os problemas humanos, Jesus teria tido a missão de condenar. No entanto, conforme Lc 4,16-22 e Jo 3,17, Ele veio para libertar e salvar. Compete-nos convencer quem não pensa e não atua com critérios cristãos.

Pe. Reginaldo

Abril de 2013:

A juventude é destaque neste ano. Através da Campanha da Fraternidade e da Jornada Mundial da Juventude, a Igreja busca despertar os próprios jovens para os desafios de sua realidade, diante dos quais Deus propõe uma atitude corajosa: “Eis-me aqui, envia!” (Is 6,8), e confere uma missão: “Ide e fazei discípulos entre todas as nações!” (Mt 28,19).

A juventude de décadas atrás enfrentou o autoritarismo do Estado, o desemprego em massa, a precariedade educacional e social. Hoje, sem desconsiderar esses problemas, enfrenta novos desafios: cultura da mercantilização, consumismo, pragmatismo nas relações humanas, individualismo, relações afetivas descompromissadas e indiferença a questões comunitárias, sociais e políticas.

A cultura midiática, sobretudo a internet, oferece novas oportunidades, bem como novos riscos. As redes sociais virtuais, entre as quais o Facebook é um importante ícone, substituem o “Face a face”. Através do seu “quadrado”, o jovem tem acesso a todo tipo de informação e expande suas relações. Porém, também se isola, tende a desprezar até mesmo a convivência familiar e se fechar no seu mundo.

Muitos utilizam a internet de forma saudável: compartilham mensagens edificantes, promovem senso crítico sobre questões sociais, estimulam a participação cidadã, desenvolvem novas formas associativas, se articulam para defender seus direitos, organizam manifestações, promovem projetos alternativos de vida em sociedade, difundem valores humanitários e espiritualidade cristã.

Diante desses e outros contrastes, a Igreja quer tornar efetiva sua opção preferencial pelos jovens, acolhendo-os, acompanhando-os, apoiando suas iniciativas, ajudando-os a serem agentes transformadores da sociedade e protagonistas de uma nova civilização. Por isso, mais do que destinatários da evangelização, a Igreja os assume como interlocutores, com quem se propõe buscar um novo estilo de vida e evangelização.

Que estilo de vida e evangelização os jovens de hoje propõem? Que estilo de Igreja querem viver? Que projetos de vida comunitária e social querem desenvolver? Que ações comuns querem implementar? Que compromissos querem assumir? Que testemunho querem dar? Que essas questões projetem luz em nosso desafio comum de ser, verdadeiramente, e formar novos discípulos de Cristo.

Pe. Reginaldo Andrietta

Fevereiro de 2013:

O incêndio da boate em Santa Maria–RS comoveu o Brasil e foi notícia mundial pela morte de 235 pessoas, sobretudo jovens; um fato horroroso que se soma a tantas outras situações assombrosas que afetam, principalmente, a juventude.

As cracolândias, por exemplo, espalhadas por muitos centros urbanos, revelam o estado de penúria de jovens cujas mentes se devotam ao esforço de conseguir sempre mais drogas, presos numa armadilha da qual não saem sozinhos.

A criminalidade e a violência aumentaram drasticamente no Brasil nos últimos anos, sendo uma das causas principais da morte de jovens. De acordo com a Unicef, 86% de vítimas de homicídios têm entre 15 e 18 anos; um genocídio que atinge sobretudo pobres e negros.

Essas situações clamam a Deus. Esse clamor brota dos próprios jovens. “A juventude quer viver, chega de extermínio de jovens!” foi o lema da Campanha contra o Extermínio de Jovens, promovida pela Pastoral da Juventude do Brasil, entre os anos 2008 e 2012, a qual continuará atual enquanto a violência não se reverter.

A Campanha da Fraternidade de 2013, embora trate temas abrangentes sobre a juventude, denuncia a violência estrutural de nossa sociedade e propõe ações que “devem passar, de maneira especial, pela articulação dos próprios jovens, para protagonizarem o enfrentamento do problema com os meios de que dispõem, visando a construção de uma sociedade que ofereça condições de vida a todos” (Texto Base, § 109).

A Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá em julho deste ano no Brasil, será uma ocasião privilegiada para que este clamor dos jovens, especialmente brasileiros, ecoe internacionalmente, reivindicando políticas públicas nacionais e internacionais mais coerentes e eficazes em favor da juventude.

“Eis-me aqui, envia-me!”, resposta do profeta Isaías a um chamado desafiador de Deus (Is 6,8), lema da Campanha da Fraternidade e da Jornada Mundial da Juventude deste ano, servirá de inspiração à Igreja toda, convidada a atuar em favor de um mundo sem violência, transformado pela jovialidade de Cristo, fonte verdadeira de rejuvenescimento do mundo!

Pe. Reginaldo Andrietta

Janeiro de 2013:

“Causam apreensão os focos de conflito gerados pelas crescentes desigualdades entre ricos e pobres, pelo predomínio da mentalidade egoísta e individualista que se exprime inclusive por um capitalismo financeiro desregrado. Além de variadas formas de terrorismo e criminalidade internacional, põem em perigo a paz aqueles fundamentalismos e fanatismos que distorcem a verdadeira natureza da religião, chamada a favorecer a comunhão e a reconciliação entre os seres humanos.”

Com essas palavras, o Papa Bento XVI introduziu sua mensagem para o dia 1° de janeiro de 2012, celebrado como Dia Mundial da Paz desde 1968, por iniciativa do Papa Paulo VI. Alertando sobre as causas econômicas dos conflitos existentes no mundo, Bento XVI refere-se ao capitalismo financeiro, chamando atenção para a necessidade de tirarmos lições da própria crise, procurando discernir um novo modelo econômico.

“A realização da paz depende, sobretudo do reconhecimento de que somos, em Deus, uma única família humana”, diz o Papa, sugerindo o testemunho de ação comum entre todas as pessoas de boa vontade, a começar pelas lideranças religiosas e políticas. “A partir deste ensinamento, pode-se deduzir que cada pessoa e cada comunidade – religiosa, civil, educativa e cultural – é chamada a trabalhar pela paz”, entendida como “realização do bem comum”.

Se o bem comum é o caminho para se obter a paz, nós cristãos devemos ser os primeiros a trabalhar em favor do bem de todos. Doando-se totalmente pelo bem da humanidade, Jesus nos deu o exemplo a ser seguido. Se cada ano novo traz consigo a expectativa de um mundo melhor, comecemos este ano fazendo propósitos inspirados nas bem-aventuranças proclamadas por Jesus (cf. Mt 5,3-12).

Inspirado no Ano da Fé, em curso, e também nas palavras de Izabel a Maria: “Bem-aventurada és tu que acreditaste” (Lc 1,45), desejo a todos os paroquianos de São Judas Tadeu e a todas as pessoas de boa vontade, que em 2013, continuemos a testemunhar com coragem e generosidade, nossa fé através de ações em favor do bem comum, em prol, portanto, da tão almejada paz.

Pe. Reginaldo Andrietta

Dezembro de 2012

“Ide e fazei discípulos entre todas as nações!” (Mt 28,19). Inspirados por este lema, milhões de jovens se encontrarão na 28ª Jornada Mundial da Juventude (JMJ) no Rio de Janeiro, de 23 a 28 de julho de 2013, com o objetivo de mostrar ao mundo o rosto jovem de Cristo. Embora a JMJ seja entendida como um grande encontro do Papa com os jovens, ela é, sobretudo, um grande encontro dos jovens com Cristo.

A JMJ do Rio que acontecerá no Ano da Fé, iniciado no dia 11 de outubro passado, em comemoração aos 50 anos do Concílio Vaticano II, será oportuna para os jovens que dela participarem, acolherem com renovado entusiasmo a missão que Cristo confiou a todos os cristãos: fazer novos discípulos. Muitos sãos os jovens cristãos. Muitos mais poderão conhecer, amar e seguir a Cristo, por um compromisso missionário desses jovens.

“Queridos jovens, vós sois os primeiros missionários no meio dos jovens!... O compromisso missionário é uma dimensão essencial da fé: não se crê verdadeiramente, se não se evangeliza. E o anúncio do Evangelho não pode ser senão conseqüência da alegria de ter encontrado Cristo e ter descoberto n’Ele a rocha sobre a qual construir a própria existência.”  Estas palavras do Papa Bento XVI para a JMJ de 2013, fazem eco às palavras do Papa Paulo VI, dirigidas aos jovens no encerramento do Concílio Vaticano II, em 1965: “Construí com entusiasmo um mundo melhor que o dos vossos antepassados!”

É, pois, com espírito missionário e com o desejo de construir um mundo melhor que lideranças juvenis da Paróquia São Judas Tadeu estão ajudando a preparar a JMJ, convidando jovens em geral a somarem forças. Além de enviarmos jovens para o Rio, mediante inscrição antecipada, realizaremos atividades juvenis durante a Jornada, na própria paróquia. Estaremos, também, realizando uma Pré-Jornada, na semana anterior, chamada Semana Missionária, com a presença de jovens de outros países que irão para o Rio. Que essa boa notícia chegue especialmente aos jovens, suscitando-lhes interesse e adesão!

Pe. Reginaldo Andrietta

Outubro de 2012:

No dia 28 de outubro, a Paróquia São Judas Tadeu celebrará seu padroeiro, buscando reavivar o espírito missionário estimulado pela Igreja, particularmente, neste mês dedicado às missões. A Semana do Padroeiro, que precederá esse dia, será marcada pela mística missionária. Teremos momentos orantes e festivos, inspiradores da unidade desejada pelo próprio Cristo.

Preparando sua despedida, Jesus orou por seus apóstolos: “Pai... eu vos rogo... que todos sejam um, como nós somos um; que eles sejam um em nós, para que o mundo creia que me enviastes; ... que eles sejam perfeitos na unidade” (Jo 17,20-23). Este trecho do evangelho demonstra que a eficácia da missão decorre da intensidade de nossa comunhão em Cristo.

“Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi e vos destinei para produzirdes frutos e para que o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16). Somos profundamente gratos a Cristo por nos ter escolhido como discípulos e missionários. Correspondamos ao seu chamado, amando sempre mais o seu Reino, a Igreja e nossa missão comum, muito além de nossas fronteiras paroquiais!

A cidade, por exemplo, necessita de nossa contribuição. Tendo passado o período de eleições municipais, continuamos com o desafio de contribuir para que nosso município seja administrado de maneira idônea. Para isso, estamos desenvolvendo um “Projeto de Participação Popular”, em colaboração com outras entidades que atuam, particularmente, na área da paróquia.

Que a festa de nosso padroeiro, por ocasião do 30° aniversário de nossa paróquia, seja oportuna para renovarmos nosso ardor missionário. Unamos, pois, esforços para continuarmos “crescendo em tudo em direção a Cristo” (Ef 4,15) e para fazermos ecoar sua ação libertadora, humanizadora e salvadora em todas as realidades de nossa vida pessoal e social!

Pe. Reginaldo Andrietta

Setembro de 2012:

“Queremos um Estado que garanta direitos a toda a população!” Esse lema do “Grito dos Excluídos e Excluídas” deste ano, no dia 7 de setembro, inspira nossa ação, particularmente neste período de eleições municipais.

No dia 7 de setembro ocorrem muitos desfiles oficiais em todo o Brasil, comemorando uma “independência” que, na realidade, é falsa, porque muitos direitos do povo brasileiro continuam sendo negados. Só poderemos festejar, realmente, esse dia, quando todo povo brasileiro tiver todos os seus direitos garantidos.

O “Grito da Independência” feito por Dom Pedro I, em 1822, deve ser, hoje, o grito de todos os que lutam por condições dignas de vida. Para isso, muitos movimentos populares do Brasil, inspirados pela 1ª Semana Social da Igreja Católica, uniram-se há 18 anos, para realizar anualmente, em todo o país, o “Grito dos Excluídos e Excluídas”.

Em Americana e Nova Odessa, “O Grito dos Excluídos e Excluídas” é uma manifestação pacífica realizada por membros de entidades sociais, religiosas, sindicais e estudantis, bem como cidadãos e cidadãs que reivindicam soluções para problemas concretos vividos pela população dessas duas cidades.

Na manifestação deste ano, reivindicaremos melhorias com relação ao transporte público, à saúde, à infra-estrutura urbana, à educação, às condições de trabalho, ao assentamento de trabalhadores rurais no Pós-Represa, à violência que afeta especialmente a juventude e a outros problemas.

A garantia de nossos direitos depende de nossa organização e de nossa mobilização. Participe desse ato! Convide seus familiares e amigos!

Dia 07 de setembro, no Bairro Antônio Zanaga I, Praça Vinicius de Moraes, em frente ao Posto de Saúde, próximo à Igreja Nossa Senhora Aparecida, às 8h00.

Pe. Reginaldo Andrietta

Agosto de 2012:

Abro com carinho um velho álbum de fotografias e revivo o amor de Deus retratado ali, em tantos momentos alegres e também difíceis da vida. Beijo um retrato com veneração, pois ali está estampado o bem mais precioso da minha vida: minha família. Se a amizade sincera é um tesouro, o que dizer da família? Família é uma arquitetura divina, é comunhão de vidas que geram novas vidas, cumprindo o que Deus disse na criação: “crescei e multiplicai-vos!” (Gn 1,28).

O que pode haver de mais digno neste mundo do que dar a vida a um ser humano, imagem e semelhança de Deus? Não há sobre a terra obra alguma que se assemelhe em grandeza e dignidade. No entanto, a vocação dos humanos transcende a procriação. O amor, por exemplo, de uma pessoa que não se casa para se consagrar a Deus e à comunidade, é, sem dúvida, profundamente criador. O mesmo se pode dizer de um casal impossibilitado de ter filhos, cujo amor transcende a vida a dois.

Amar é doar-se. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,9-13). Jesus o disse e o provou doando sua vida para salvar os humanos de todos os males, a começar pelos que afetam a família. Seu encontro com Zaqueu é significativo: “Desça depressa Zaqueu, porque hoje preciso ficar em sua casa” (Lc 19,5). Acolhendo Jesus com alegria e mudando de vida, Zaqueu acolheu a salvação em seu lar; ele recebeu dádivas de Deus para a sua família.

A Igreja realiza neste mês de agosto, entre os dias 12 e 19, a Semana Nacional da Família, para educar-nos sobre o valor da família e despertar-nos sobre o que deve ser melhorado em nossa vida pessoal e social, em função da vida familiar. O tema desta Semana é sugestivo: “A Família, o Trabalho e a Festa”. Participe desta Semana na Paróquia São Judas Tadeu! Receba dádivas de Deus para a sua família! Sua presença será, também, uma dádiva à comunidade.

Pe. Reginaldo Andrietta

Julho de 2012:

A Paróquia São Judas Tadeu realizará sua Assembleia Geral, dia 18 de julho próximo, para avaliar sua caminhada e avançar em seu planejamento para 2012. A assembleia do início do ano definiu metas. Necessitamos, agora, definir focos de ação. As Assembleias das Comunidades da Matriz e Menino Jesus de Praga, realizadas nos dias 19 de junho e 5 de julho, deram passos importantes nessa direção, propondo focos. A Comunidade Nossa Senhora da Penha fará o mesmo em sua Assembleia do dia 11 de julho.

Se ainda resta dúvida sobre o que são focos de ação, cabe-nos entender que são referências centrais para tudo o que realizamos. Por exemplo, se família vier a ser um foco de ação, tudo o que realizarmos como catequese, liturgia e pastoral, deverá estar relacionado à família.

Nosso planejamento e nossas ações devem ser inteligentes. Ações inteligentes são ações pensadas e decididas comunitariamente, em favor do bem comum. Os néscios, ou seja, ignorantes, dedicam-se únicamente a interesses próprios, dispensam Deus, desprezam o que é comunitário, corrompem-se. O Salmo 14,14 o ilustra bem: “Diz o néscio em seu coração: Não há Deus”. Como consequência de sua nescidade (ignorância) diz o salmista, “os homens têm-se corrompido, fazem-se abomináveis em suas obras”.

Nossas obras serão abomináveis se olharmos somente para nosso umbigo. Por isso, realizamos assembleias, avaliamos nossas ações, debatemos nossos desafios comuns, combinamos o que realizaremos juntos. Quanto mais comunitário e participativo for nosso planejamento, tanto mais eficaz será nosso processo de ação. Comunitariedade exige respeito, valorização mútua e paciência para caminharmos juntos, buscando como única direção, o Cristo, cabeça da Igreja.

Somos o Corpo de Cristo no qual cada um é membro que não pode dizer ao outro “não tenho necessidade de ti” (cf. 1Cor 12-27). Embora tenhamos diversidade de dons, temos uma única missão. Que missão é essa? Trataremos esse ponto em assembleias futuras, procurando desenvolver nossa visão sobre a missão da Igreja na realidade específica da Paróquia São Judas Tadeu. Continuemos a preparar a Assembleia Geral com espírito de oração. Que o Senhor ilumine nossa caminhada presente e futura!

Pe. Reginaldo Andrietta

Junho de 2012:

O Corpus Christi (Corpo de Cristo), festejado este ano no dia 7 de junho, é mais que um feriado qualquer. Desde o século XIII, a Igreja celebra essa festa para enfatizar publicamente o sentido da Eucaristia. Cristo a instituiu como memorial da sua Paixão, morte e ressurreição. A densidade teológica, eclesial e espiritual desse memorial justifica o dia de oração, reflexão e proclamação pública da fé cristã.

Na última ceia com seus discípulos, Jesus celebrou a Páscoa, associando ao pão e ao vinho partilhados, sua própria vida oferecida para vida do mundo e confirmando o que Ele havia anunciado: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10). Celebrando a Eucaristia, a Igreja atualiza essa ação de Cristo. Sendo comunidade dos que crêem em Cristo, a Igreja é, ela mesma, o corpo místico de Cristo, que tem por vocação reconciliar os seres humanos, transformando injustiças em solidariedade.

A incidência social da Eucaristia faz com que a Igreja celebre o Corpus Christi de maneira pública, convidando as pessoas de boa vontade a se unirem em prol do bem comum. Por isso, no Corpus Christi desse ano, a Paróquia São Judas Tadeu coleta doações em favor de pessoas necessitadas; um gesto que educa, supondo outros estágios da caridade: promoção humana, ação reivindicativa e participação política em prol de uma sociedade mais justa.

A festa de Corpus Christi desafia a própria comunidade cristã a ser mais unida. Após a última ceia, Cristo rogou ao Pai por todos os que por meio de sua Palavra acreditariam n’Ele, para que todos se tornassem um (cf. Jo 17,1-11). Essa oração de Cristo inspira-nos a orar por nossas comunidades, particularmente da Paróquia São Judas Tadeu, que preparam suas assembleias de avaliação para junho e julho.

Que estas assembleias, com a assembleia paroquial do dia 18 de julho, ajudem a reforçar os laços de amor e de colaboração existentes entre todas as comunidades, pastorais, serviços e movimentos da paróquia, tornando-nos, mais autenticamente, sinais e instrumentos do Reino de Deus, objetivo último de Cristo e da Igreja.

Pe. Reginaldo Andrietta

Maio de 2012:

Preparamo-nos para celebrar Pentecostes. A Vigília do dia 26 de maio próximo, será, sem dúvida, um momento expressivo do “Novo Pentecostes” que vive nossa comunidade paroquial.

50 dias após a ressurreição de Cristo, os apóstolos, reunidos em oração, receberam a efusão do Espírito Santo, o paráclito (do grego parakletos, que significa “defensor”). O Espírito Santo prometido por Cristo (cf. Jo 16,7) não veio para pôr fim às dificuldades dos discípulos, mas sim fortalecer-lhes. As dificuldades foram previstas pelo próprio Cristo: “No mundo tereis tribulações, mas tenham coragem; eu venci o mundo” (Jo 16,33).

Enfrentamos dificuldades na vida cristã, uma delas, a inconsistência no testemunho de vida de muitos que se dizem cristãos; sua passividade, enfim, diante do que acontece na sociedade. Muitos não conhecem o sentido da vida cristã. Compreende-se, pois, as palavras de Cristo: “Quando vier o Espírito da verdade, ele vos ensinará toda a verdade...” (Jo 16,13). A verdade de Cristo liberta-nos (cf. Jo 8,32) do fechamento sobre nós mesmos e nos lança à ação no mundo.

Cristo pede ao Pai para não tirar seus discípulos do mundo, mas guardá-los do mal, e diz que os envia ao mundo como Ele próprio foi enviado ao mundo (cf. Jo 17,15-17). Devemos ser sinais e instrumentos de Cristo na sociedade. Por isso atuamos com critérios sociais, assistindo pessoas carentes, desenvolvendo formação humana, reivindicando melhores condições de vida e promovendo consciência, organização e participação política.

“Vós sois a luz do mundo... Que a vossa luz brilhe diante dos homens, para que vejam as boas obras que vós fazeis e louvem vosso Pai que está no céu” (Mt 5,14-16), diz o Cristo. Por isso, manifestamos publicamente nossa fé, como o fizemos no 1° de Maio. Parabéns a todos e todas que se fizeram presentes nesse dia, em nossa 3ª Caminhada Pela Vida e na Manifestação Unificada dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Americana e Nova Odessa!

Com certeza, o testemunho de fé de nossa comunidade paroquial, traduzido em obras, continuará produzindo frutos para o Reino de Deus: “justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17), um “Novo Pentecostes”.

Pe. Reginaldo Andrietta

Outubro de 2010:

Outubro é dedicado às Missões. Neste mes, a Igreja nos convida a reavivarmos o sentido missionário de nossa vida cristã, consequentemente nosso potencial de liderança. Jesus enviou seus apóstolos em missão dizendo-lhes “vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos” (Mt 28,19). Cristãos conscientes são missionários: habitados por Deus, impulsionados por seu Espírito, procuram fazer ecoar sua ação em todas as circunstâncias da vida, certos de que Ele os precede na missão. Na realidade, o primeiro e autêntico missionário é Deus; é Ele quem age. Colocamo-nos a seus dispor para realizar a obra que lhe pertence, afinal, sem Ele nada podemos fazer.

Nosso desafío missionário é imenso. “A messe é grande, os operários são poucos”. Se pedimos a Deus que envie mais missionários, suplicamos que os mesmos sejam líderes qualificados. Preocupada em aumentar a quantidade e melhorar a qualidade de seus membros, especialmente coordenadores, nossa comunidade paroquial tem dado uma atenção especial ao tema “liderança”. Em um estudo recentemente promovido sobre este tema pela Pastoral Familiar em nossa paróquia, o Prof. Zanco propôs 21 qualidades do líder.

Entre as propostas do Prof. Zanco, ressalta-se a importância do líder estar dedicado à formação de novos líderes. Nem todo líder é missionário, mas todo missionário deve ser líder que forma novos missionários. Por exemplo, o coordenador de comunidade ou pastoral, deve também dedicar-se à formação de novos coordenadores, senão ele coloca em risco a continuidade e o fortalecimento da sua comunidade ou pastoral. Porisso, o coordenador deve assegurar que todos os membros de sua comunidade ou pastoral desenvolvam capacidades de liderança.

Este mês missionário coincide com o mês eleitoral, ajudando-nos a reconhecer a importância do missionário cristão ser também um líder influente no contexto sócio-político. Por feliz coincidência, neste mês celebramos também as festividades de nosso padroeiro. Inspirados primeiramente por Cristo, bem como por São Judas Tadeu, um de seus apóstolos, reavivemos o sentido missionário de nosso cristianismo, contribuindo especialmente na formação de líderes cristãos sempre mais autênticos.

Pe. Reginaldo Andrietta

Setembro de 2010:

Estamos às portas das eleições. A Igreja nos convida a fazer opções sensatas. A Diocese de Limeira está, massivamente, distribuindo folhetos que propõem critérios para a escolha de candidatos. Não elenco aqui esses critérios para evitar repetição. Proponho, simplesmente, algumas considerações inspiradas no artigo do teólogo católico, Leonardo Boff, publicado por ADITAL (Agência de Informação Frei Tito para América Latina) no dia 30 da agosto passado.

Há oito anos, contra a vontade das elites, um operário, filho da pobreza nordestina, formado no seio do movimento sindical, assumiu a responsabilidade de dirigir este país. Nas palavras de Boff, seu intuito foi de “devolver ao povo o sentimento de dignidade, de força histórica e de ser sujeito de uma democracia republicana, onde "a coisa pública", o social, a vida lascada do povo ganhasse centralidade.”

Com Lula, o Brasil avançou. No dizer de Boff, “o ‘Fome Zero’, o ‘Bolsa Família’, o ‘Crédito Consignado’, o ‘Luz para Todos’, o ‘Minha Casa, minha Vida’, o ‘Agricultura familiar’, o ‘Prouni’, as ‘Escolas Profissionais’, entre outras iniciativas sociais, permitiram que a sociedade dos lascados conhecesse o que nunca as elites econômico-financeiras lhes permitiram: um salto de qualidade. Milhões passaram da miséria sofrida à pobreza digna e laboriosa, e da pobreza para a classe média. Toda sociedade se mobilizou para melhor.”

Sem pretenção de propor um candidato ou candidata, o que mais importa agora é evitar retrocesso. Que nosso voto seja confiado a candidatas e candidatos forjados, a exemplo de Lula, na luta popular. Urge derrotar as forças reacionárias que se escondem atrás de candidatos da elite disfarçados em defensores do povo. Jesus nos adverte: "Guardai-vos dos falsos profetas que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes" (Mt 7,15).

Evitemos, pois, deixar nossa escolha para última hora. Recolhamos informações detalhadas sobre as candidaturas propostas e os projetos de seus partidos. Não nos cansemos de pesquisar e debater. Partilhemos dúvidas e reflexões em reuniões comunitárias. Finalmente, peçamos sabedoria a Deus para fazermos opções conscientes e responsáveis, afinal, nossa escolha afetará a vida de todos.

Pe. Reginaldo Andrietta

Agosto de 2010:

As eleições se aproximam. A Igreja Católica não propõe candidatos ou partidos, mas sugere critérios para se “votar bem”. Os Bispos do Estado de São Paulo emitiram uma carta significativa neste sentido, que publicamos neste jornal. Organismos ligados à CNBB, entre os quais o Conselho Nacional de Leigos, a Comissão Brasileira de Justiça e Paz, a Comissão Nacional de Fé e Política, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Pastorais Sociais também publicaram um documento que analisa o atual momento político, faz interpretações éticas e propõe orientações para o voto consciente e responsável.

Segundo esse documento, as eleições serão oportunas para dar um novo vigor à educação política. Elas deverão servir para debater reformas estruturais da sociedade brasileira, tais como Reforma Agrária, Reforma Tributária e Reforma do Estado, bem como políticas públicas para melhoria do emprego, educação, saúde, habitação, segurança, transporte e meio ambiente.

A Igreja defende iniciativas políticas que garantam a participação popular na gestão da “coisa pública”, em cumprimento da Constituição Federal que prevê mecanismos de participação direta da população nas decisões, tais como plebiscitos  e comitês populares de fiscalização orçamentária. Desta forma, a Igreja pretende combinar o sistema de democracia representativa com o de democracia participativa.

Dando crédito a esta visão, a Paróquia São Judas Tadeu, através de sua Diaconia, tem promovido debates com candidatos de diversos partidos, particularmente à Assembléia Legislativa Estadual e à Câmara Federal. Estes debates, além de ajudarem a discernir em quem votar, estão contribuindo para estabelecer vínculos diretos entre eventuais futuros eleitos com setores organizados da população, procurando fazer com que os primeiros atuem em consonância com os cidadãos que representam, particularmente com os movimentos sociais.

Cabe-nos pois investigar com muita atenção os que se apresentam como candidatos. Que interesses representam? Liberais ou Sociais? Que prática desenvolvem? Elitistas ou populares? Cabe-nos, finalmente, decidir por quem favoreça transformações profundas na realidade em que vivemos, conscientes de que essas transformações jamais acontecerão sem nossa participação e mobilização.

Pe. Reginaldo Andrietta

Julho de 2010:

Nossa comunidade paroquial está buscando visualizar novos horizontes para sua ação evangelizadora. Para tanto, inspiremo-nos nas atuais Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, um documento da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, de imprescindivel leitura. Apresento aqui alguns aspectos que considero relevantes neste documento.

A realidade atual nos interpela: crise de sentido; felicidade confundida com bem estar econômico e prazer a todo custo; economia globalizada, nos moldes do capitalismo neoliberal; deteriorização da convivência social; crescimento da violência que banaliza a vida; exploração predatória da natureza; propagação da fé numa ótica utilitarista. Diante desta realidade, a Igreja é chamada a anunciar com entusiasmo, criatividade e coragem a mensagem do Evangelho, conservando-se em estado permanente de missão, o que implica participação responsavel de todos os seus membros na construção de uma sociedade mais justa e na reabilitação da ética em todos os contextos de vida.

O encontro com a Palavra de Deus promovido pela Igreja, deve possibilitar uma autêntica experiência de Deus. A Liturgia deve ser reflexo de uma participação frutuosa. A Caridade deve tomar em conta a promoção da vida em todas as suas modalidades, inclusive o meio ambiente, pois sua destruição ameaça a todos, particularmente os mais pobres. A participação de leigos e leigas nesta missão é fundamental. Deve-se investir em sua formação, pois esta não pode ser privilégio de poucos, mas direito e dever de todos.

A família deve ser um dos eixos de toda a ação evangelizadora, considerando-se urgente renovar a opção de toda a Igreja pela juventude, bem como valorizar os idosos.  Precisa-se dar atenção aos problemas dos trabalhadores, lutando contra o desemprego, buscando caminhos alternativos para geração de renda, nos moldes de uma economia solidária e sustentavel. Finalmente, não se pode perder de vista o valor das Comunidades Eclesiais de Base, através das quais se cultiva o encontro pessoal e comunitário com Jesus, um interesse sincero pelos problemas da sociedade, uma prática solidária de vida e um autêntico compromisso social e político.

Que estes aspectos sirvam de luzes para avançarmos em nossa ação evangelizadora.

Pe. Reginaldo Andrietta

Junho de 2010:

Enquanto os “heróis do futebol” lutam por um caneco de ouro na África do Sul, continuamos nossa luta no Brasil para que tenhamos alegrias menos passageiras. Porisso, espero que, em meio à “febre da copa”, estejamos atentos ao “campeonato eleitoral” deste ano, no qual nossas vidas estão em jogo. Talvez estejamos prorrogando nosso interesse pelas eleições, pensando que bastará escolhermos entre um ou outro candidato para presidente. Na realidade, também deveremos escolher governadores, senadores e deputados estaduais e federais. Não se trata de uma escolha tão simples. Necessitamos conhecer bem seus programas, observando sobretudo se estão comprometidos com interesses populares e sociais ou burgueses e particulares.

Nossos bispos católicos lançaram uma “declaração sobre o momento político nacional” em maio passado, ressaltando a importância das eleições. “A campanha eleitoral é uma oportunidade para o empenho de todos na reflexão sobre o que precisa ser levado adiante com responsabilidade e o que deve ser modificado, em vista de um Projeto Nacional com participação popular. Por isso, incentivamos a que todos participem e expressem, através do voto ético, esclarecido e consciente, a sua cidadania nas próximas eleições, superando possíveis desencantos com a política, procurando eleger pessoas comprometidas com o respeito incondicional à vida, à família, à liberdade religiosa e à dignidade humana. Em particular, encorajamos os leigos e leigas da nossa Igreja a que assumam ativamente seu papel de cidadãos, colaborando na construção de um país melhor para todos.”

Graças à mobilização popular, o projeto de lei “Ficha Limpa” foi aprovado pelo Congresso e sancionado pelo Presidente Lula. Esta lei impede a candidatura de políticos condenados por um colegiado de juízes. A mobilização popular para a conquista desta lei, é mencionada na declaração dos bispos como um exemplo “para o aprimoramento da democracia, como já ocorrera com a aprovação da Lei 9840, contra a corrupção eleitoral, cuja aplicação requer contínua e atenta vigilância, para que não continue a praga da compra e venda de votos.” Resta-nos, agora, intesificar nossa mobilização para que os grandes vencedores, especialmente do “campeonato eleitoral”, onde se joga o destino da sociedade brasileira, sejam os que assistem o “jogo da vida” desde a “arquibancada não numerada”.

Pe. Reginaldo Andrietta

Maio de 2010:

Como decifrar os “sinais dos tempos”, especialmente em situações próximas a nós? Antigamente, falava-se de “sinais dos tempos” como sinais precursores do fim do mundo. Hoje, inspirados no documento Gaudium et Spes (Alegria e Esperança) do Concílio Vaticano II, concebemos “sinais dos tempos” (signa temporum) como realidades do mundo a serem interpretadas e transformadas à luz do Evangelho (GS 4).

Motivadas pela Campanha da Fraternidade deste ano, nossas comunidades estão pesquisando e descobrindo situações sócio-econômicas alarmantes que exigem reflexão e ação. Como exemplo, muitas pessoas e famílias, vivendo na precariedade ou não, são desorganizadas em seus orçamentos, gastam o que têm e o que não têm. Desorientadas, sofrem caladas e muitas vezes entram em desespero. Muitas não encontram soluções por não buscarem ajuda.

Sensíveis a este e outros problemas crucias, nossas comunidades estão se reunindo regularmente com profissionais de diversas áreas (economia, psicologia, assistência social, nutrição, fisioterapia ...) em prol de formação, mudança de atitudes e ações por qualidade de vida. Estamos também alargando nossa rede de ação, unindo forças com entidades que lutam pela melhoria de nossos bairros, condições de trabalho, escolas, atendimento à saúde, vias públicas e segurança. Iniciativas especiais estão sendo tomadas em favor de crianças e idosos.
Nossa “Primeira Caminhada pela Vida”, realizada no dia 1° de Maio, deu provas de nossa fé na possibilidade de transformar situações contrárias à vontade de Deus. “Amamos a vida, lutamos por ela”, dizia a faixa de nossa paróquia, na caminhada. Parabenizo os paroquianos de São Judas Tadeu e todos os que sentindo-se chamados por Deus para defenderem a vida que Ele nos deu, manifestaram-se publicamente nesse dia, em favor de uma vida mais digna.

Continuemos a discernir bem os “sinais dos tempos”. Que Maria, a quem dedicamos o mes de maio, inspire nosso discernimento, sendo nossa guia no seguimento de Jesus, “caminho, verdade e vida” (Jo 14,6). Que o XVI Congresso Eucarístico Nacional que se realiza neste mês em Brasília, sirva-nos igualmente de inspiração, alimentando-nos sentimentos profundos de unidade e solidariedade em nossa contínua luta por vida em abundância (Jo 10,10).

Pe. Reginaldo Andrietta

Abril de 2010:

Os que participamos das celebrações quaresmais, particularmente da Semana Santa, na Paróquia São Judas Tadeu, certamente, ficaremos marcados para sempre pelos belos momentos compartilhados. Presença numerosa, criatividade, orações profundas, reflexões desafiadoras, singeleza e ao mesmo tempo muita beleza. A Campanha da Fraternidade sobre “Economia e Vida” inspirou nossa espiritualidade quaresmal, sensibilizando-nos para as grandes mudanças que devemos realizar em nivel pessoal, familiar, comunitária e social referente à economia.

Crescemos em consciência sobre as pervesidades de nosso sistema econômico, o qual concentra os meios de produção nas mãos de poucos, produz riquezas para uma minoria, mantém os trabalhadores em condições de precariedade, exclui do mercado de trabalho os jovens sem experiência e sem formação profisssional especializada, descarta os trabalhadores com idade avançada, explora e destroi de maneira inescrupulosa o meio ambiente, e gera tantas mazelas sociais e culturais. Com esta Campanha da Fraternidade, tornamo-nos mais convencidos sobre a necessidade de transformar este sistema em outro, cooperativista e sustentável, condizente com nossos princípios cristãos.

Nosso caminho quaresmal, culminado na bela celebração pascal, desafiou-nos a fortalecer nossas ações pascais. Afinal, não basta celebrar a Páscoa. Necessitamos sobretudo, vivê-la, libertando-nos progressivamente de tudo o que nos oprime. Escolhemos como processo de ação, identificar situações concretas que necessitam de atenção da comunidade, como por exemplo, desempregados e jovens em busca do primeiro emprego, pessoas lesadas em seus direitos trabalhistas, aposentados com baixos recursos, famílias descoordenadas no orçamento familiar, ou fatos que demonstram mau uso do dinheiro público, particularmente em nossa cidade.

A Páscoa que celebramos com profunda fé e alegria só terá sentido se for acompanhada de ações concretas de todos. Que o tempo pascal que vivemos agora, seja pois um tempo para fortalecermos nossas ações comunitárias, profundamente imbuidos do Espírito de Cristo Ressuscitado, em prol de uma economia que produza vida. Continuemos corajosos! O Cristo venceu a morte. Com Ele, seremos também vitoriosos!

Pe. Reginaldo Andrietta

Março de 2010:

Ao celebrarmos neste mês, dia 25, o aniversário da paróquia, olhamos para o passado agradecidos, para o presente com entusiasmo e para o futuro com confiança.

Nosso entusiasmo atual é fruto, particularmente, do processo participativo desenvolvido na comunidade paroquial nos últimos tempos. Em nossos muitíssimos encontros, estamos desenvolvendo a prática do diálogo, intercâmbiando experiências, opiniões e expectativas, e tomando decisões coletivas que nos tornam, mais e mais, corresponsáveis na vida paroquial.
Graças a este processo, estamos conhecendo-nos mutuamente de maneira mais profunda. Estamos, mais e mais, dando-nos conta de nossos valores, bem como das questões que nos envolvem pessoalmente e comunitariamente. Estamos integrando-nos e apoiando-nos mutuamente. Estamos nos conscientizando de que nossos desafíos, mas também nosso potencial de ação são imensos. Deus se faz presente em nossa caminhada, ajudando-nos à expandir a obra iniciada e à abrir novos horizontes.

Estamos construindo coletivamente nosso planejamento. Iniciamos pelo calendário anual. Novas iniciativas estão sendo tomadas nos campos litúrgico, pastoral, catequético, social, educacional, econômico, administrativo e com relação à infra-estrutura. Necessitamos, é certo, fixar metas concretas, iluminados neste ano, de modo especial, pela Campanha da Fraternidade que se estenderá até o “Grito dos Excluídos” (7 de setembro). Por isso, um planejamento mais detalhado de cada setor pastoral é extremamente necessário.

Somos profundamente agradecidos pela dedicação de todos os paroquianos e paroquianas, particularmente quem assume responsabilidades de coordenação e animação das distintas atividades comunitárias. A obra que realizamos pertence a todos. Continuemos pois ativos, considerando, é claro, que Deus é nosso “mestre de obras”, pois, como diz o Salmo 127,1: “Se o Senhor não constrói a casa, os pedreiros trabalham em vão”.

Que Deus continue inspirando cada um de nós a oferecer o melhor de nós mesmos para o bem de todos, de seu Reino em primeiro lugar (cf. Mt 6,33).

Pe. Reginaldo Andrietta

Janeiro de 2010:

Ano novo, esperança renovada. No ano de 2009 tivemos recorde de chuva. Esperamos e pedimos a Deus que em 2010 tenhamos recorde de bençãos. Certamente, aproveitamos o final do ano para darmos uma “ajeitadinha na casa”, falo sobretudo de nós mesmos. Senão, ainda há tempo. Talvez, depois de passar a “febre das festividades”, tenhamos até mesmo melhores condições para um “encontro conosco mesmo”, antes de entrarmos de novo no “corre-corre” e perdermos o rumo da vida. Que tal, pois, dedicarmos um tempo importante para uma boa revisão de vida e uma boa conversa com Deus, buscando luzes para o caminho?
Não desperdicemos a oportunidade. Por que “deixar pra depois” o que é essencial? Afinal, o que é essencial? Jesus nos dá uma dica: “Buscai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado.”

Se não entendemos bem o que é o Reino de Deus, aprendamos com o pedreiro que peneira a areia para a construção. Recolhamos tudo. Joguemos fora o que não presta. Guardemos o que é util. Quantas coisas boas existem em nosso entorno. Aprendamos a reconhecê-las. Aprendamos com tudo e com todos. Aprendamos a cuidar de flores, a fazer uma horta, a preparar um prato saboroso, a beber o que é saudável, a usar as palavras somente para unir, a ler um bom livro, a cuidar do corpo, da mente, do coração e do espírito. Aprendamos a ver filmes e programas educativos, a gastar nosso tempo com conversas saudáveis. Aprendamos a consolar os tristes, a incentivar os desanimados e também a perdoar, incluindo nós próprios.

Mais que desejar o que é bom, sejamos decididos a conquistar o que é bom. Sejamos audaciosos, sem sermos arrogantes. Sejamos críticos, para construir. Amemos a todos, a Deus por primeiro, bem claro, pois ele nos deu a vida e continua nos dando sabedoria para conservá-la. Almejemos viver abundantemente. Foi para isso que Deus nos enviou seu Filho. Libertemo-nos, pois, de todas as amarras, como Lázaro, o ressuscitado. Abramos novos horizontes, pensando naqueles que parecem ser eternamente dependentes, por exemplo, do álcool ou de outras drogas. Recusemos a esperança passiva. Sejamos pessoas de fé e ativas, pois a fé sem obras é morta. Trabalhemos, sim, pelo alimento que não perece. Defendamos a criação e lutemos pelo bem comum, olhando para o futuro com confiança! Se o recorde dos atletas é conquistado com esforço, as bençãos deste ano novo dependem de nós. Sejamos, pois, dignos das bençãos que Deus nos oferecerá.

Pe. Reginaldo Andrietta

Dezembro de 2009:

Embora o ano civil comece no dia primeiro de janeiro, nós, católicos, começamos o novo ano com o Advento, em dezembro.  No Advento preparamo-nos para celebrar o nascimento de Jesus, inspirados pelo Evangelho que anuncia a sua segunda vinda. No Advento, reavivamos nossa esperança no Senhor que vem para libertar-nos definitivamente  dos limites que nos são impostos por nossa condição histórica, cumprindo sua promessa de salvação e de vida eterna para aqueles que nEle crêem. Na vida eterna, deixaremos de existir segundo as condições atuais. Participaremos totalmente da vida divina. Esse é o destino dos que creem e vivem desde já os valores do Reino que Deus inaugurou pela encarnação e pela ação libertadora de seu Filho. “Aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mt 24,13). Deste modo, a vinda de Cristo não é um acontecimento exclusivamente futuro; ela está em curso. Conforme Mt 24,14, nosso testemunho evangélico faz o Reino definitivo aproximar-se.

O tempo do Advento é oportuno para um “balanço” de nossa vida cristã. Estamos realmente vivendo os valores cristãos que dizemos acreditar? Damos realmente testemunho evangélico? Quais sinais do Reino de Deus identificamos em nossa prática comunitária? Sem pretensão demagógica, reconheço no pouco que conheço da experiência de vida pessoal, familiar, comunitária e social dos membros de nossa comunidade paroquial, muitos valores evangélicos.  Tenho encontrado muita gente despojada, extremamente dedicada às suas responsabilidades familiares e comunitárias. São pessoas motivadas, felizes no que fazem e ansiosas para crescerem humanamente, em particular na sua espiritualidade, bem como verem suas comunidades e atividades pastorais e sociais desenvolverem-se.

As expectativas com relação ao futuro de nossa comunidade paroquial e à forma que devo exercer o meu ministério, colhidas nas CEBs e pastorais, e partilhadas em nossas reuniões de coordenação, têm nos ajudado a exercitar uma forma participativa de ser Igreja. Este modelo de Igreja, na qual a corresponsabilidade está sendo enfatizada, certamente fortalecerá nossa vida eclesial e ajudará a vivermos mais profundamente os valores evangélicos, dando razões para nossa esperança de tornar muito mais concreta a presença do Reino de Deus entre nós. Que Deus nos ajude a cultivar uma viva esperança de dias melhores para nossos lares, nossa comunidade, nosso país e nosso mundo, certos de que Ele vem ao nosso encontro para habitar entre nós e preparar-nos uma morada definitiva no seu Reino. Saibamos acolhê-lo, acolhendo e amando verdadeiramente uns aos outros.

Feliz e Santo Natal a cada membro e a todasas famílias de nossa paróquia!

Pe. Reginaldo Andrietta

Novembro de 2009:

Escrevo pela primeira vez o editorial deste jornal. Partilho, pois, as minhas primeiras reflexões pastorais como pároco. Inspiro-me no capítulo 15 do Evangelho de São João, o mesmo da minha ordenação presbiteral, ocorrida no ano de 1983: “Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto”.  Agradeço a Deus pelos bons frutos colhidos nos meus 26 anos de ministério dedicado particularmente à juventude trabalhadora. Agradeço igualmente pelos frutos produzidos por todos e todas que fizeram e continuam fazendo história na Paróquia São Judas Tadeu. Renovo a minha confiança no Senhor para a missão que doravante Ele me concede nesta paróquia.

Pelo acordo que firmei com Dom Vilson, Bispo de Limeira, confirmado por suas palavras na celebração da minha “posse”, deverei combinar a missão de pároco com o trabalho de formação de lideranças juvenis, particularmente jovens trabalhadores e trabalhadoras. Este trabalho deverá ser desenvolvido primeiramente na paróquia e posteriormente estendido na região e na diocese. Tenho a grata satisfação de poder contar para este trabalho com o potencial dos adolescentes e jovens implicados na paróquia, particularmente os que integram o Centro de Capacitação Profissional.

Nesta primeira etapa, estou conhecendo a história da paróquia, seus sucessos e suas dificuldades, bem como os seus membros atuais, com suas experiências de vida e de pastoral. Estou procurando conhecer a realidade social e religiosa da população que compõe a paróquia, buscando identificar os desafíos que esta realidade representa para a missão da Igreja local. Estou igualmente colhendo expectativas com relação à caminhada futura da paróquia e com relação ao exercício do meu ministério.

Tenho identificado um grande desejo de progresso com relação ao acolhimento, ao respeito mútuo, à qualidade nas relações humanas, à comunhão, à participação e à corresponsabilidade. Inegavelmente, o momento é de avaliação e de discernimento. Conto com a colaboração de todos os paroquianos, particularmente as lideranças de comunidades, grupos e pastorais neste processo avaliativo. Que Deus nos dê a sabedoria para reconhecer, manter e fazer crescer o que é coerente e eficaz, bem como a coragem para realizarmos as mudanças necessárias, pelo bem da missão que Lhe pertence. Permaneçamos unidos nEle para continuarmos a produzir bons frutos.

Pe. Reginaldo Andrietta